(Crédito: Shutterstock)

Levantamento da Cordão consultou profissionais de agências,
consultorias, anunciantes, entre outros, e traça um
panorama do uso da tecnologia no marketing

A inteligência artificial já está presente no cotidiano dos consumidores e, claro, das empresas. A pesquisa IA no Marketing — Como o profissional de marketing brasileiro se relaciona com a Inteligência Artificial?, da Cordão, buscou entender como as soluções estão sendo vistas pelos profissionais da área.

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Ao lado da ARP, E-commerce Brasil, Grupo de Planejamento, Pmweb, Padrinho Assessoria e Share, a empresa consultou 310 profissionais de marketing de todas as regiões do Brasil e de empresas como agências, anunciantes, consultorias e outras.

A maioria (99%) dos respondentes disseram que a IA irá revolucionar o marketing. Essa é uma ideia que se sobressai entre os brasileiros, em comparação com dados da pesquisa Contagious Radar de fevereiro de 2024, que consultou 100 profissionais de marketing em todo o mundo. Para 60% a revolução já começou, e para 26% isso deve acontecer no próximo ano. Já 13% estimam uma mudança nos próximos dois anos ou mais.

De fato, já há casos de usos práticos. Entre os respondentes, 42% afirmaram utilizar as soluções de IA “de vez em quando”, e 40% usam sempre. Apenas 13% apontam usar para testes, e 5% nunca usaram.

O primeiro uso foi majoritariamente (37%) motivado pela descoberta de uma ferramenta que lhes pareceu útil para uma necessidade específica. Ao mesmo tempo, 22% foram influenciados por pessoas que já utilizavam tais soluções, e 20% acompanhavam o tema e queriam estar entre os primeiros a usar a IA. Do mesmo modo, 16% não quiseram ficar para trás, e 5% tiveram o uso incentivado pelas companhias em que trabalham.

As ferramentas gratuitas lideram (85%), e apenas 32% têm planos pagos. Mais da metade (51%) declararam utilizar ferramentas existentes adaptadas com algum recurso de IA. Já 11% têm ferramentas de IA desenvolvidas exclusivamente para sua empresa.

Entre os casos de uso, destacam-se a redação ou edição de textos, realização de tarefas operacionais, geração ou edição de imagens, interação para a geração de ideias e análise de dados ou pesquisas. Contudo, 60% dos respondentes disseram que precisam fazer algumas edições ou alterações nos resultados fornecidos pela IA.

O ChatGPT é o principal pensamento dos profissionais quando o assunto é IA. Apareceram também na pesquisa termos como possibilidade, estratégia, velocidade e até mesmo fake e insegurança. Apesar de pensamentos como os últimos, 68% se sentem totalmente ou parcialmente preparados para lidar com a IA. E 14% se mantiveram neutros em relação ao tópico, enquanto 18% disseram discordar totalmente ou em partes com o preparo para o crescimento da IA.

Segundo o levantamento, o otimismo com a tecnologia é maior entre agências e consultorias. Os anunciantes se mostraram mais cautelosos e menos preparados, e apenas 16% deles investiram em ferramentas de IA pagas.

A cautela, inclusive, é mais notória entre cargos de diretoria. No geral, 45% das empresas contratantes dos respondentes não fizeram investimento algum em IA.

Um dado relevante é que apenas 3% se consideram especialistas no assunto. Além disso, a maior parte deles (48%) apontou que tem conhecimento na média dos profissionais de marketing e 26% declararam um conhecimento abaixo da média e 17% acima.